*Rafael Cló, cofundador e CEO da Azos
No nosso país, onde muitos enfrentam desafios financeiros e insegurança econômica, é vital considerarmos abordagens completas do planejamento financeiro. Um dos pilares mais importantes e ainda pouco compreendidos pelo brasileiro médio é o seguro de vida. De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), embora 96% dos brasileiros já tenham ouvido falar do produto, cerca de 64% desconhecem seus principais benefícios.
Já há algum tempo o mercado brasileiro se tornou pioneiro na venda de coberturas de seguro “em vida”, inovadoras para os padrões globais. Esses seguros oferecem proteção não somente para os familiares, mas também garante recursos, estabilidade econômica e maior flexibilidade no planejamento de longo prazo no caso de um acidente ou imprevisto. Como exemplos, existem coberturas de Doenças Graves que indenizam em caso de diagnóstico de câncer leve ou moderado, além de outras doenças com alta incidência populacional, como o infarto e AVC.
A conscientização sobre os benefícios do seguro de vida ainda enfrenta obstáculos no Brasil. Apenas 17% da população adulta possui algum tipo de cobertura de seguro de vida, uma adesão ainda muito baixa. Já em países como o Japão, a contratação de seguros de vida atinge 90% da população, enquanto nos Estados Unidos, cerca de 70% dos habitantes têm alguma forma de cobertura. É uma diferença brutal, que reforça a importância da educação do brasileiro, especialmente em um momento de envelhecimento populacional acentuado.
De toda forma, o interesse na proteção financeira tem mostrado sinais de crescimento, mesmo que em passos lentos. No primeiro semestre de 2024, segundo informações da Fenaprevi, o seguro de vida individual registrou um aumento de 25,3% em prêmios arrecadados. Isso indica que mais brasileiros estão começando a perceber o valor do produto.
O seguro de vida deve ser encarado como uma reserva patrimonial inteligente. Precisamos desmistificar a ideia de que o seguro de vida é algo secundário, e transformar essa ferramenta em uma escolha natural para todos. Mais do que uma ferramenta para momentos de crise, a apólice precisa ser incorporada ao planejamento financeiro de todos que buscam uma vida mais tranquila e segura.
Promover a conscientização sobre suas reais vantagens é um passo fundamental para que as famílias possam se proteger e construir um futuro mais estável. É hora de enxergar o seguro de vida em sua totalidade e permitir que ele seja uma escolha consciente e estratégica, essencial para o bem-estar de longo prazo de todos os brasileiros.
CEO e co-fundador da Azos, é formado em Engenharia de Produção na UFMG e MBA em Stanford, onde começou a idealizar a empresa de seguros. Foi após a necessidade pessoal por um atendimento descomplicado do seu seguro de vida, que o CEO se uniu a mais dois amigos, Renato Farias e Bernardo Ribeiro, e criaram a Azos. Em sua trajetória profissional, já atuou em consultoria e investimentos, em uma gestora brasileira investidora de empresas de tecnologia. Em seguida, assumiu a área de vendas e de analytics na Kraft Heinz, em Chicago, nos Estados Unidos.