ALICE REGISTRA MENOR SINISTRALIDADE HISTÓRICA E CAPTA US$ 22 MILHÕES EM EXTENSÃO DE RODADA

Operadora reduziu sua sinistralidade caixa em 9 pontos percentuais e registrou receita superior a R$ 350 milhões em 2024; a meta é alcançar R$ 600 milhões em 2025

Em um cenário onde operadoras de saúde enfrentam crises e dificuldades para evitar desperdícios, a Alice, plano de saúde para empresas, avança na contramão ao solucionar uma das grandes dores do setor: o descontrole de sinistralidade. A operadora garante que a chave está em seu modelo, que levou ao novo aporte, no valor de US$ 22 milhões.

Em 2024, a Alice ultrapassou 40 mil membros – um aumento de 55% em relação a 2023 – e encerrou o ano com uma receita de mais de R$ 350 milhões, quase 70% maior que no ano anterior. Esse crescimento foi acompanhado de um importante marco: a redução de 9 pontos percentuais na sinistralidade caixa, chegando próximo a 60% no segmento corporativo – uma queda de 25 pontos percentuais nessa frente.

Na contramão do mercado, a Alice mostra que é possível manter o equilíbrio financeiro sem depender de reajustes abusivos. Nos últimos três anos, o reajuste médio foi de 12% – número que é 40% menor que a média praticada pelos grandes players do setor

“O nosso modelo foi criado para deixar as pessoas mais saudáveis, ao mesmo tempo em que evita desperdícios. Isso nos permite controlar a sinistralidade e aplicar reajustes mais baixos que a média do setor”, explica André Florence, cofundador e CEO da Alice. “Os resultados de 2024 reforçam o espaço para inovação na saúde no Brasil. Nossos investidores reconhecem a posição única da Alice para seguir liderando essa transformação, o que motivou o investimento”.

A Alice realiza a gestão proativa de saúde dos seus membros por meio de atenção primária, coordenação de cuidado e tecnologia. Assim, entrega mais saúde enquanto reduz eventos que não são tecnicamente pertinentes. “Nossa abordagem reduz a frequência de uso do pronto-socorro, por exemplo, que na Alice é 30% inferior à média de mercado. Isso é possível, dentre outros motivos, porque nosso modelo viabiliza um pronto-atendimento digital que resolve 80% das demandas de saúde dos nossos membros, gerando também uma melhor experiência”, afirma Florence.

A captação é uma extensão da rodada Série C, realizada em dezembro de 2021, e leva o total levantado pela empresa desde sua fundação, em 2019, a ultrapassar R$ 1 bilhão. O capital chega em um momento de consolidação da Alice como solução de destaque no mercado corporativo: desde meados de 2023, a operadora saltou de 300 para mais de 12 mil empresas clientes; no ano passado, aumentou em 450% o número de membros B2B e conquistou renovação de 100% dos contratos com 30 ou mais vidas.

“Temos uma operação robusta e sustentável, que poderia já estar gerando caixa. Porém, optamos por investir todo caixa gerado em crescimento, para levar nosso modelo a cada vez mais pessoas”, afirma o CEO.

Foco no mercado corporativo

O novo capital será destinado, principalmente, ao crescimento da base de clientes – que, em 2025, deve contemplar empresas cada vez maiores – e à evolução do modelo de saúde da operadora. 

 “Entendemos que oferecemos algo único às nossas empresas clientes: uma parceria estratégica em que trabalhamos em conjunto para entregar mais saúde a um menor custo. Nosso crescimento reflete a satisfação dos nossos parceiros, como demonstra o NPS de 81 pontos entre os RHs clientes da Alice”, afirma André.

A meta é encerrar o ano com 70 mil membros, receita de R$600M e uma sinistralidade de 68%. “Estamos bem capitalizados e não temos necessidade de usar todo o dinheiro levantado. Parte do investimento ficará em nosso caixa para reforçar ainda mais nossa solidez”, acrescenta.

A estratégia da Alice

A atenção primária da Alice é centrada no usuário e, diferentemente da abordagem tradicionalmente utilizada na saúde suplementar, não é porta de entrada obrigatória. “Como empresa de tecnologia, criamos nosso modelo a partir das necessidades dos usuários e buscamos oferecer algo que, de fato, melhore a experiência das pessoas no cuidado com a saúde. Elas podem ir direto a um especialista ou hospital, mas preferem falar com a gente primeiro”, explica o CEO. “Prova disso é que, mesmo não sendo obrigatória, nossa atenção primária é a porta de entrada para 70% dos membros”.

Ela é, também, o ponto de partida – junto com a tecnologia e a integração de dados – para outro pilar que é diferencial da Alice: a coordenação de cuidado, que melhora a experiência e reduz custos desnecessários. A coordenação assegura que o cuidado certo seja fornecido no momento e lugar ideias, melhorando a experiência, maximizando a eficiência e a eficácia do atendimento, e reduzindo desperdícios.

Os dados de desfecho de saúde desse modelo mostram isso claramente: 80% de pacientes com diabetes estão com a doença controlada (vs. 60% do mercado), 18% apresentam melhoria na condição de obesidade (vs. 12% do mercado) e 55% dos partos são realizados por via vaginal (vs. menos de 20% do mercado). 

“Conseguimos entregar mais saúde aos nossos membros, ao mesmo tempo em que reduzimos custos; não por barrar procedimentos, mas, sim, por oferecer o cuidado correto”,  diz o CEO. “Isso se reflete numa melhor experiência e só é possível por conta de nosso modelo e tecnologia. É nisso que seguiremos investindo para, cada vez mais, sermos a melhor solução de saúde para pessoas e empresas”, finaliza.

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