O aporte acontece em um momento complicado para as startups que atuam no mercado de seguros
O universo das insurtechs ganhou um novo unicórnio. Depois de levantar US$ 33 milhões em uma rodada Série D, a Kin Insurance alcançou uma avaliação de US$ 1 bilhão. A startup de seguros residenciais, fundada em 2016 e com sede em Chicago (EUA), é a primeira do setor a tornar-se unicórnio neste ano.
Segundo a plataforma de análise de negócios CB Insights, a rodada de investimento foi liderada pelo fundo QED Investors. Nomes como Allegis Capital, Alpha Edison, Geodesic Capital e Hudson Structured Capital Management também participaram da rodada.
O aporte acontece em um momento complicado para as insurtechs – startups que atuam no mercado de seguros. O aumento dos riscos econômicos e da inflação global são algumas das razões pelas quais o seguro residencial não é lucrativo nos EUA desde 2019.
E qual o segredo da Kin para conseguir um aporte enquanto as concorrentes lutam para manter-se no mercado? Enquanto outras seguradoras abandonaram regiões com questões climáticas difíceis, como os furacões na Flórida, a startup direcionou seus esforços justamente para essas regiões, vendo uma oportunidade de fechar apólices lucrativas – e deu certo.
Com o novo aporte, a startup agora é a terceira insurtech residencial mais financiada do mercado norte-americano, atrás apenas da Hippo e da Lemonade.
Apesar do terceiro lugar, a situação da Kin é melhor que a das duas primeiras. Segundo a Axios , a Lemonade está sendo negociada a um valor de mercado de US$ 908 milhões, menos da metade de sua última rodada privada. Já a Hippo apresenta um valor de mercado de US$ 230 milhões – em tempos melhores, a empresa já foi avaliada em US$ 1,5 bilhão.
Segundo a Kin, abrir o capital está em seus planos, mas apenas quando estiver maior, mais diversificada e mais lucrativa.