Emotion, insurtech do Sandbox, desiste de operar como seguradora

A empresa continuará a oferecer seguros, focando em aprimorar a relevância dos produtos e a experiência dos usuários na operação de fintech

A Emotion, uma insurtech participante do Sandbox, anunciou que não continuará o processo para se tornar uma seguradora efetiva. A diretoria da Susep homologou essa decisão em maio de 2024, conforme as deliberações tomadas na assembleia geral extraordinária em 15 de março de 2024. A homologação é um processo formal que valida e confirma tais decisões, garantindo-lhes legalidade e eficácia.

Para Wladmir Chinchio, CEO da Emotion, participar do Sandbox foi benéfico para o desenvolvimento da equipe. “Foi enriquecedor estar envolvido no programa de sandbox regulatório da SUSEP, que trouxe muitos aprendizados para o nosso time. Apesar da decisão de não seguir como uma seguradora efetiva, continuaremos a oferecer seguros, focando em aprimorar a relevância de nossos produtos e a experiência dos usuários em nossa operação de fintech. Além disso, planejamos oferecer nosso aplicativo como uma ferramenta de assistência para outras seguradoras, agregando mais valor aos produtos de pessoas.”, disse ele.

O Sandbox da Superintendência de Seguros Privados (Susep) criou um ambiente regulatório experimental para incentivar a implantação de projetos inovadores em produtos e serviços no mercado de seguros. Esse conceito ajudou empresas a desenvolverem novas metodologias, processos, procedimentos e tecnologias em todas as etapas de sua operação. Segundo um levantamento recente do Insurtech Brasil, 62% dos clientes das insurtechs participantes do Sandbox Susep nunca tinha contratado uma apólice de seguros, o que demonstra um processo de inclusão nunca visto anteriormente.

Nas duas primeiras edições do Sandbox, 32 empresas aplicaram e foram aprovadas para utilizar o ambiente regulatório e testar suas inovações. Atualmente, Pier e Darwin, já possuem a licença definitiva e outras cinco já solicitaram para licença definitiva – casos da 88i, Iza, Split Risk, Simple2U e Thinkseg – segundo monitoramento do Insurtech Brasil atualizado em maio.

A Stone, outra fintech que foi aprovada pela Susep em 2021 para participar do Sandbox, optou por desistir e hoje atua em parceria com as seguradoras Icatú e Akad para oferecer seguro para seus clientes.

Para José Prado, da Associação Brasileira de Insurtechs, é natural que empresas descontinuar sua atuação no Sandbox, por ser um programa de teste. “É um ambiente propício para testes, em um ambiente regulado, justamente para trazer inovações para o mercado, por isso é esperado que nem todas se tornem seguradoras efetivas, o que é esperado e saudável para o setor. É por isso que já temos tantos interessados na próxima edição do Sandbox, que a Susep lançará no segundo semestre”.

Outro exemplo de como as participantes do Sandbox podem expandir, além do programa, é o da Kakau Tech, que é um spinoff da Kakau e que oferece serviços e soluções tecnológicas para empresas. “Com a Kakau Tech, conseguimos com a nossa tecnologia ajudar, principalmente, empresas de seguros e finanças”, afirma o CEO da Kakau, Henrique Volpi.

Há uma grande expectativa para o novo edital do Sandbox regulatório da Susep, que deve ser publicado no início do segundo semestre. Devido ao grande interesse na terceira turma do programa o evento Insurtech Brasil 2024, que acontece dia 3 de julho em São Paulo, realizará uma mesa redonda com os interessados em aplicar para o edital onde poderão tirar dúvidas com diversos fundadores das empresas que passaram pelo Sandbox. Os interessados podem aplicar para ingressos gratuitos para o evento no link.

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