EILA24, foi concluído com mais de 800 participantes e propostas para a Lei Fintech. Organizado pela InsurteChile, o evento já antecipa a versão 2025
No evento Evolución Insurtech Latam 2024, líderes influentes da indústria compartilharam suas visões sobre o futuro da tecnologia de seguros, destacando os desafios e oportunidades do setor na América Latina. Um dos principais temas do evento foi o desenvolvimento da Lei Fintech no Chile, promulgada em janeiro de 2023. A diretoria da InsurteChile planejou, durante o EILA24, a entrega à Comissão para o Mercado Financeiro (CMF) de um documento com 11 propostas.
Esses pontos buscam promover seguros inclusivos, microsseguros e seguros paramétricos, juntamente com uma visão de casos de uso para a indústria seguradora que poderiam ser impulsionados com a ativação do Sistema Financeiro Aberto. Este é o ponto de partida para a discussão da regulação voltada para a indústria daqui para frente.
A este respeito, Rodrigo Labbé, presidente da InsurteChile, comentou: “Na equipe de regulação, que funciona dentro da nossa associação, preparamos este documento com o valioso apoio dos nossos parceiros Minsait e Kennedys. Inclui 11 propostas, quatro delas focadas na simplificação de processos para aumentar o desenvolvimento de microsseguros e seguros inclusivos, e sete casos de uso que buscam aproveitar as vantagens do Sistema Financeiro Aberto (OSS) para melhorar a indústria.”
Com uma participação recorde de mais de 800 pessoas do mundo Insurtech e de seguros, o evento, organizado pela InsurteChile, superou todas as expectativas, e a versão 2025 já está sendo antecipada.
A cimeira foi caracterizada pela presença de especialistas internacionais, incluindo Rob Schimek, CEO da bolttech, que apresentou o tema “Revolucionando a indústria de seguros: A história da bolttech”.
Schimek compartilhou como sua empresa transformou o setor de seguros com inovações disruptivas e falou sobre seus planos de expansão na América Latina: “Acreditamos que a América Latina tem um potencial incrível. Na minha experiência na América Latina, acho que há mais ou menos quatro países que são particularmente interessantes; o Chile é um deles. Brasil, Colômbia, Argentina e, obviamente, se você for até a fronteira dos Estados Unidos, podemos pensar no México. Esses países nos interessam; achamos que há a maior oportunidade. São países sofisticados. Pensamos nos fabricantes de automóveis, distribuidores, empresas de telecomunicações, varejistas, bancos e outras seguradoras. Se algum deles disser ‘precisamos da sua ajuda’ e estivermos dispostos a nos comprometer a trabalhar juntos, investiremos e iremos.”
Outro destaque foi a participação de Júlia Normande Lins, diretora da SUSEP, que abordou o tema “Brasil, pioneiros em Open Insurance: Evidência empírica”, expondo a liderança do Brasil na implementação deste modelo. Normande Lins destacou a importância da colaboração entre os países latino-americanos: “A interação entre os países latinos deve crescer para aprender com as boas experiências”. Além disso, acrescentou: “A ideia da entidade reguladora no Chile é muito semelhante à que existe hoje no Brasil. Muitos reguladores são cautelosos quanto ao uso e compartilhamento de dados, e é importante que o órgão regulador proporcione tranquilidade, um ambiente controlado e que não haja exploração indevida dos dados.”
O evento também contou com a participação de Charles Merritt, CEO da Buddy, que falou sobre “A disrupção da distribuição incorporada”, e Alejandro Alzérreca, presidente da Associação Chilena de Seguradoras, que destacou a importância de eventos como o EILA24 para promover a colaboração entre tecnologia e seguros: “A importância para as seguradoras de participar em um evento desta natureza é precisamente desenvolver a colaboração entre esses dois mundos, que, na minha opinião, são absolutamente complementares, para podermos enfrentar os desafios que o futuro nos reserva em termos de inclusão, inovação e desenvolvimento da nossa indústria.”
Olhando para o futuro: EILA 2025
Dada a magnitude do sucesso desta primeira edição, os organizadores já estão planejando o EILA 2025. Andrea Triat García, diretora executiva da InsurteChile, disse: “Vimos que existe um espaço na região que não foi abordado de forma abrangente. Nosso objetivo é acelerar o setor de seguros com tecnologia para proporcionar maior bem-estar à sociedade e reduzir a lacuna de seguros. Acreditamos que com esta reunião estamos caminhando em direção a esse objetivo.”
A utilização de tecnologias como IA, IoT e telemática foi um dos focos do evento, e Triat García destacou que essas ferramentas estão mudando os modelos tradicionais nas áreas de vendas, atendimento ao cliente, liquidação de sinistros e design de produtos.