A insurtech atua em um nicho ainda pouco explorado no Brasil, como fornecedora de soluções digitais para seguradoras, corretoras e instituições financeiras, dentro da área de seguros
A insurtech fitinsur, especializada no modelo “tecnologia de seguros como serviço” (“insurtech as a service”) concluiu as negociações para o aporte de duas gestoras de venture capital, a Lanx Capital e a EquitasVC. Trata-se de uma rodada de Série A, ou seja, o primeiro nível de injeção de recursos por parte de fundos de venture capital.
A rodada, porém, não teve os valores divulgados. A negociação contou com a participação de Cassio Spina, da Alya Ventures, como consultor.
A insurtech atua em um nicho ainda pouco explorado no Brasil, como fornecedora de soluções digitais para seguradoras, corretoras e instituições financeiras, dentro da área de seguros. Criada em 2019, a fitinsur desenvolveu uma plataforma voltada a viabilizar o desenvolvimento de novos modelos, produtos e canais de distribuição em ecossistemas digit
Na opinião da CEO, Denise Oliveira, o fato de a fitinsur ter alcançado uma série A na primeira rodada indica a atratividade do modelo, apesar do pouco tempo de vida. “Depois de um ano intenso de road show atingimos nosso objetivo, mesmo com o mercado de não estando muito favorável a esse tipo de operação”, completou.
De acordo com Oliveira, os dois envolvidos no negócio “eram os parceiros que estávamos procurando há muito tempo”. São dois novos sócios que vão aplicar o conceito de “smart money”, ou seja, trazer expertise técnica além do aporte de recursos.
“Investir nesse modelo inovador de insurtech-como-serviço da fitinsur significa explorar um universo de oportunidades que potencializam a lucratividade”, afirma Tulio Ribeiro, sócio da Lanx Capital. “Com as ferramentas da insurtech à disposição, seguradoras, corretores e MGAs [managing general agent, representantes de uma seguradora que negociam contratos com corretoras e clientes pessoas físicas] podem desbloquear maiores potenciais de receita e impulsionar um crescimento sem precedentes”, complementa.
Conforme a CEO da fitinsur, grande parte dos clientes da insurtech está no exterior. “Atendemos, por exemplo, os 85 maiores bancos no mundo, além de grandes grupos globais de seguros e outras empresas, como Mitsui Sumitomo, HDI Global e Ceres do Brasil”, aponta.
Quatro meses após ser criada, a insurtech venceu uma concorrência para implantação da plataforma completa para a Texel Finance Limited, um MGA especializado em seguros de crédito baseada em Londres (ENG), com filiais nos EUA, Ásia e na Bélgica.
A fitinsur conquistou também a certificação do Lloyd’s of London — o maior marketplace físico de seguros e resseguros do mundo. Conforme Oliveira, o “break-even” foi alcançado já no ano seguinte, em 2020. No ano passado, a empresa registrou crescimento anual de dez vezes.
“Diante da velocidade com a qual temos evoluído, precisávamos dar esse passo [rodada série A] para manter o ritmo de crescimento”, afirma a executiva. Além de Oliveira, a fitinsur é dirigida pelos sócios Carlos Oliveira, Erika Chou, Bruno Rodrigues e Everton de Castro.
Conforme a CEO, o investimento vai ajudar a sustentar o desenvolvimento de novas funcionalidades da plataforma, na consolidação do uso de inteligência artificial generativa e no aumento do time de colaboradores.
Dentro do modelo da fitinsur, a startup partilha do risco da implantação do negócio junto com o parceiro. A insurtech avalia e auxilia na na estruturação do plano e projeto de negócio, além de viabilizar a implantação do canal digital, em um período médio de oito semanas.