Perspectivas para 2025 no mercado de seguros e planos de saúde

Matéria do Bruno Autran, do JOTA

Futuro do setor é promissor, mas exige adaptações urgentes

O mercado brasileiro de seguros vem consolidando seu papel como um setor promissor na economia nacional. Segundo dados da CNseg, as seguradoras geraram R$ 670 bilhões em prêmios em 2023, registrando um aumento de 11,5% em relação ao ano anterior.

Este avanço ganhou ainda mais força em 2024, com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontando um crescimento de 13,4% no setor até setembro.

Diante desse cenário de expansão, 2025 promete ser um ano de grandes oportunidades, mas também de desafios, especialmente com a entrada em vigor de novas regulamentações.

A recente aprovação da Lei de Contrato de Seguro representa um marco regulatório para o setor. Ao alinhar a legislação brasileira com as melhores práticas internacionais, a nova lei busca aumentar a confiança dos consumidores, estimular a demanda por seguros e promover o crescimento do mercado.

A nova regulamentação reforça a necessidade de maior transparência e padronização nos contratos, além de estabelecer normas sobre a oferta de produtos que garantam acessibilidade sem comprometer a sustentabilidade financeira das operadoras.

Em paralelo, o segmento de saúde suplementar continua a ser o carro-chefe do mercado de seguros, que arrecadou R$ 282 bilhões em 2023, de acordo com dados da CNSeg. Impulsionado pelo envelhecimento da população e pela crescente demanda por serviços de saúde, esse segmento representa um grande potencial de crescimento.

Por outro lado, os custos de saúde têm crescido mais de dois dígitos anualmente, preocupando a sustentabilidade do sistema e pressionando as empresas que respondem por quase 80% das contratações de planos de saúde no Brasil. Com isso, se torna indispensável que todos as partes envolvidas desde a distribuição, operadoras e até o consumidor final, tenham ciência de seu papel e como podem contribuir para um sistema de saúde suplementar mais sustentável.

A atual configuração do mercado exigirá que as corretoras se posicionem como parceiras estratégicas de seus clientes, precisando atuar com expertise e consultoria e não mais apenas ajudando com questões operacionais. Essa postura, além de contribuir para o fortalecimento da competitividade, permitirá a construção de contratos mais resilientes e sustentáveis, preparados para enfrentar os desafios de um setor em transformação.

Em resumo, o futuro do mercado de seguros é promissor, mas exige adaptações urgentes. Particularmente no segmento de saúde, o potencial de crescimento e inovação dependerá de investimentos constantes em modernização e na criação de soluções que atendam às necessidades de um público cada vez mais exigente.

Fonte:JOTA

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